A Altice Labs, em colaboração com a ESA - Agência Espacial Europeia, o Instituto Superior Técnico – NanosatLab e o SnT da Universidade do Luxemburgo, anuncia a segunda fase do projeto 5G Nanossatélite, uma iniciativa que promete levar o 5G além das fronteiras da Terra, com lançamento previsto para 2027.

O projeto integra tecnologias de comunicação de nova geração em nanossatélites, possibilitando a criação de um terminal 5G bidirecional que opera quase continuamente em órbita baixa (LEO), a cerca de 500 km de altitude. A solução se baseia em Software Defined Radio (SDR) e em software de código aberto, executados sobre o AMD RFSoC (Radio Frequency System‑on‑Chip), um chip que combina alta velocidade, múltiplos núcleos de processamento e FPGA em uma mesma estrutura, reduzindo a complexidade e o custo de hardware.

Segundo a Altice Labs, esta iniciativa coloca Portugal na vanguarda das comunicações espaciais e reforça o papel da empresa como um dos principais polos de inovação da Europa. A integração entre redes móveis e satélites abre novas possibilidades para uma sociedade global mais resiliente e conectada.” 

Após a primeira fase, concluída em 2024, dedicada a testes de viabilidade e definição de arquitetura, o projeto avança para a Fase 2, centrada no desenvolvimento de hardware, na integração do sistema e em experimentos terrestres. Três estações‑base 5G (gNBs) serão instaladas em Portugal para fornecer conectividade ao nanossatélite.

Durante uma demonstração em 8 de abril de 2025, observada pela Agência Espacial Portuguesa, um protótipo funcional do terminal 5G UE, equipado com uma câmera, transmitiu vídeo em tempo real para um computador terrestre conectado à Internet.

A Fase 3, com lançamento previsto para 2027, será dedicada à validação em órbita, consolidando o uso de padrões 3GPP para Redes

Não Terrestres (NTN). A tecnologia permitirá comunicações contínuas, com handover e roaming no espaço, e reduzirá a necessidade de estações terrestres, um avanço importante em termos de custos, cobertura e autonomia.

O impacto vai além do setor aeroespacial. A fusão entre 5G e conectividade via satélite abrirá novas aplicações para a indústria, a agricultura, a segurança, a defesa civil e as comunicações de emergência.

O projeto reúne a experiência da Altice Labs e de instituições europeias de referência em pesquisa, combinando experimentação terrestre e soluções espaciais com tecnologia desenvolvida em Portugal. Ele também contribuirá para a criação de antenas e módulos de terminal 5G (UE) reutilizáveis por outras organizações do setor espacial, fortalecendo a base tecnológica europeia.



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